Encontro evidenciou variáveis que incidem sobre o processo de aplicação
A aplicação de defensivos e outros produtos na lavoura é assunto que exige conhecimento e cuidados especiais. Foi pensando nisso que o Instituto Goiano de Agricultura (IGA) recebeu nesta segunda-feira, dia 13, o engenheiro agrônomo e especialista em técnicas de aplicação e nutrição da empresa Kimberlit, Reinaldo Neves de Oliveira, para uma capacitação acerca das melhores práticas de aplicação na lavoura. O treinamento abordou aspectos sobre como melhorar a performance de produtos químicos através de uma adoção de conjunto de pontas, adjuvantes e mistura em tanque que favoreça as respectivas ações dos defensivos agrícolas, entre outras questões.
Reinaldo afirma que existe muita dificuldade por parte de produtores e equipes quanto a uma série de variáveis que incidem sobre o processo de aplicação. Por isso, diz, a formação aborda questões relativas aos bicos de pulverização, pressão e vazão nas aplicações, entre outros aspectos. “O maior problema é usar calibrações erradas para cada produto. Por exemplo, um fungicida tem um tamanho de gota específico e todo mundo faz errado”, esclarece.
Cada aplicação tem sua formatação específica, e a capacitação trabalhou as especificidades em aplicações de dessecação, pós-emergente, fungicidas e inseticidas, nas principais culturas do sistema agrícola, como algodão, soja, milho e feijão. “Como fazer para que a gota atinja o ponto abaixo da folha?” questiona Reinaldo.
Além da calibração dos equipamentos, a capacitação considerou ainda fatores externos, como o horário de aplicação, temperatura, vento e umidade do ar, por exemplo. Uma aplicação uniforme e eficiente resulta em economia de insumos e produtividade na lavoura. Uma nova visita ao IGA será marcada para um check list da situação dos equipamentos de pulverização.
Analista de pesquisa e desenvolvimento, Adriano Vilela avalia que o treinamento trouxe resultados. “O Reinaldo iniciou com o básico, falando dos conceitos da tecnologia, apresentando a teoria sempre associando com questões práticas do cotidiano e reforçando o aprendizado com a parte prática que demonstrou a real importância da tecnologia de aplicação”, declara, considerando questões de custo, operacional, praticidade, qualidade de aplicação e rentabilidade.
O treinamento prático também recebeu destaque do analista de Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola, Matheus Martins Nogueira: “Conseguimos fixar o conteúdo trazendo pra nossa realidade do dia-a-dia”. O analista acredita que as aplicações ao longo da próxima safra terão resultados melhores.