O Departamento de Pesquisas (Depeq) possui três profissionais responsáveis por experimentos nas culturas do sistema produtivo que engloba as culturas de algodão, milho, soja e feijão.
Na agricultura moderna, também conhecida como agricultura 2.0, o conhecimento científico é fundamental para descobrir, entender e solucionar os desafios do campo. É com este objetivo que o Instituto Goiano de Agricultura (IGA) investe em sua equipe de pesquisadores, profissionais capazes de oferecer respostas aos obstáculos para que se alcance safras mais produtivas e sustentáveis.
O Departamento de Pesquisas do IGA (Depeq) é dotado de três profissionais responsáveis por experimentos nas culturas do sistema produtivo que engloba as culturas de algodão, milho, soja e feijão.
Guilherme Anghinoni é o mais novo integrande do Depeq e é responsável pela área de Solos e Fitotecnia. Graduado em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), doutor em Agronomia com ênfase em solos e nutrição de plantas - física do solo pela UEM, é pesquisador em Solos e Fitotecnia no IGA. Para ele, um dos diferenciais do IGA é a sua ótima estrutura, tanto física quanto de recursos humanos, para gerar informações e serviços da maneira mais adequada ao produtor.
“Os trabalhos são desenvolvidos para atender às demandas de informação do meio produtor, bem como para responder as hipóteses que o IGA levanta”, avalia. Para Guilherme, é importante salientar que as hipóteses levantadas pelo IGA também podem coincidir com as demandas que o meio produtor exerce. Um exemplo disso é o trabalho focado na análise de qualidade de microrganismos para uso agrícola, bem como na sua reprodução.
“Como pesquisador responsável pela área de Solos e Fitotecnia, a elucidação de boas práticas de uso de fertilizantes, estratégias de adubação, manejo do solo e engenharia de sistemas de produção agrícola e estudos fitotécnicos são o foco da área”, completa Guilherme.
Lais Fernanda Fontana graduada e mestra em Agronomia pela Universidade Estadual de Maringá, doutora em Proteção de Plantas, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e pós-doutora em Nematologia pela UEM. É pesquisadora em Fitopatologia no IGA.
Para Lais, o destaque do Brasil na agricultura só foi possível graças a instituições de pesquisas, que através do esforço de quase meio século de cientistas brasileiros. “O IGA apresenta uma estrutura excepcional, que possibilita realizar pesquisas a campo da maneira mais próxima da realidade do produtor”, afirma.
A pesquisadora lembra que, além da demanda dos produtores, o IGA trabalha em parceria com empresas nacionais e multinacionais na validação de tecnologias que estão entrando no mercado, testando a eficiência e potencial para a região. Lais Fontana explica ainda que a equipe de fitopatologia e nematologia tem como objetivo pesquisar sobre as melhores alternativas de manejo de doenças e nematoides, reduzindo as perdas na produção. “A cada safra novos desafios devem ser superados, e isso só será possível com muito estudo, trabalho e pesquisa de qualidade”, resume.
Robério Carlos dos Santos Neves é agrônomo, mestre e doutor em Entomologia Agrícola pela UFRPE e pós-doutor pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). É pesquisador do IGA nas áreas de Entomologia, Plantas daninhas e Produtos biológicos.
O profissional explica que os estudos no IGA também são realizados em parcerias com outras instituições de pesquisa e empresas privadas com o objetivo de fortalecer a agricultura. “Acredito que os trabalhos realizados no IGA serão reconhecidos em todo país, citados e aplicados por produtores, pesquisadores, consultores, agrônomos e técnicos do sistema agrícola”, prevê.
“Como pesquisador responsável pela área de Entomologia e Manejo de plantas daninhas, e coordenador do projeto de biotecnologia do IGA, espero atingir as principais metas e objetivos em cada linha de pesquisa, apresentando os melhores resultados para uma produção sustentável em Goiás”, finaliza.
O que pensam os líderes do setor
Presidente do IGA, Carlos Alberto Moresco afirma que o Instituto investiu vigorosamente em um corpo técnico diversificado e experiente, com pesquisadores doutores e pós-doutores em suas respectivas áreas de atuação. “Temos ensaios no campo e pesquisas no laboratório, prestando serviços à comunidade agrícola e validando tecnologias que são colocadas no mercado”, pontua. Em 2021, Moresco prevê uma ampliação das empresas parceiras e aumento do conhecimento produzido no IGA. “O produtor terá um canal direto de discussão com nossos pesquisadores. Não basta ter produtividade alta, temos que mantê-la, para assim dar um passo à frente”, conclui.
Coordenador do Conselho Gestor do Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão em Goiás (Fialgo), Paulo Shimohira explica que IGA foi criado para aprofundar as pesquisas em uma fazenda modelo, com maior profundidade e confiabilidade. O Comitê Técnico-Científico (CTC) se reúne para decidir quais serão as pesquisas que mais refletem nossas necessidades, além da avaliação do desempenho de novas cultivares. Todo este trabalho requer pesquisadores experientes e o resultado tem sido um sucesso desde o primeiro ano. A condução dos ensaios é séria e confiável, e cada vez mais temos aprendido com o que é feito no IGA. Acredito que a agricultura no estado tem tido uma melhoria muito boa no sistema de soja, milho, algodão, principalmente. Queremos conquistar mais espaço para o aumento do plantio do algodão em Goiás, pois temos tecnologia e muito potencial para crescer.
Diretor executivo do IGA, Dulcimar Pessatto Filho avalia que o nível de qualificação da equipe técnica do Instituto é um diferencial que tende a ser cada vez mais reconhecido pelo mercado e produtores rurais. “É um caminho sem volta. Quem não investir e se embasar na ciência, vai ficar na lanterna da inovação, da produtividade e da sustentabilidade”, avalia. Para o diretor executivo, pouquíssimas instituições do campo dispõem das condições que o IGA oferece para realizar os avanços que o setor necessita.
O que pensam os pesquisadores do IGA
Guilherme: “Acredito que os trabalhos desenvolvidos pelo IGA têm grande importância para a agricultura do Brasil Central – principalmente para o estado de Goiás. Noto uma grande oportunidade de intensificar parcerias existentes, construir novas e aproximar-nos dos produtores de Goiás através da difusão do conhecimento do IGA em eventos ou visitas técnicas”.
Lais – “A importância de instituições como o IGA e de pesquisadores, está em manter a atividade viável economicamente e gerar lucros ao setor, sem deixar de pensar nos impactos ambientais que a atividade pode causar. As novas linhas de pesquisa com produtos biológicos por exemplo têm como objetivo diminuir o uso de produtos químicos, além de reduzir os custos de produção”.
Robério – “O Instituto Goiano de Agricultura (IGA) é uma instituição de pesquisa que foi criada recentemente, que conta uma estrutura moderna, porém em pleno desenvolvimento. Tem como um dos principais objetivos gerar resultados confiáveis e consistentes para que possa ser aplicado com segurança pelo produtor rural”.