Orientações envolvem escrita científica e análise de dados, entre outros aspectos.
Analistas de pesquisa do IGA estão encarando uma maratona de treinamentos com foco na qualidade de escrita científica e análise de dados para laudos agronômicos. A primeira etapa ocorreu na sexta-feira, 25 de agosto, na própria sede do instituto.
Ao todo, 18 colaboradores do IGA participaram do encontro. Além dos analistas, participaram pesquisadores, trainees e assistentes, todos voltados para a área de pesquisa e laboratórios do instituto.
O treinamento esteve sob tutela do engenheiro agrônomo e professor universitário Matheus de Freitas Souza, com experiência na revisão de periódicos internacionais e edição de revistas científicas voltadas para a agricultura. A capacitação voltou suas atenções para a estrutura de artigo científico, como título e resumo, introdução e justificativa, metodologia e materiais utilizados, resultados, discussão, considerações finais e referências bibliográficas. Outro foco esteve na redação científica, envolvendo aspectos como clareza e objetividade, uso adequado da terminologia científica, coerência e coesão textual, uso de figuras e tabelas, citações e referências corretas. “É importante trabalhar no desenvolvimento de uma boa introdução, elaboração de figuras e tabelas, tudo para que os analistas produzam melhores análises e laudos”, comenta o professor.
A segunda etapa ocorreu no dia 28, com foco na experimentação agrícola aplicada a dados agronômicos. Matheus destaca também a abordagem nos preceitos da experimentação, aspectos gerais relacionados a cuidados no momento de instalar os experimentos, como realizar testes estatísticos de forma a refletir o que é visto no campo.
Na sexta, 1º de setembro, os analistas vão executar trabalhos em dois softwares (Sisvar e R) e aprender mais a usar análises multivariada para extrair melhores resultados de estudos agronômicos.
A analista de pesquisa Heloiza Boaventura credita a experiência enriquecedora do curso à didática do professor. “Ele abordou de maneira clara e objetiva muitas questões sobre escrita científica e estatística que normalmente achamos bastante complexas. Como ele mencionou, muitas vezes não fomos treinados para isso e, na verdade, precisamos adquirir mais conhecimento e prática para aprimorar nossas habilidades de escrita”, avalia. Além disso, continua Heloiza, no curso de estatística, até o uso de um software estatístico mais complexo, como o R, se tornou mais simples e aplicável nas análises de dados. “O apoio do IGA ao oferecer cursos como estes é um estímulo valioso para nosso crescimento como profissionais agregando no desenvolvimento do Instituto”, frisa.
Laís Tereza Rego também é analista de pesquisa no IGA e acredita que o treinamento vai ajudar a tornar sua escrita ficar mais clara e objetiva. “Com certeza vai melhorar a qualidade dos laudos, relatórios, boletins e projetos”, resume.