A exposição do pesquisador Robério Neves apresentou um panorama do modelo on farm e sobre como o Instituto atua para alcançar uma produção mais economicamente viável e ambientalmente sustentável.
O IGA participou do 8º Encontro Técnico de Agricultura Sustentável, em Rio Verde, com um painel sobre o projeto Biofábricas. A exposição ficou por conta do pesquisador do Instituto, Robério Neves, que apresentou um panorama do modelo on farm de produção nas fazendas dos produtores e sobre como o Instituto atua para alcançar uma produção mais economicamente viável e ambientalmente sustentável.
O pesquisador explicou como o IGA monitora a qualidade dos insumos e o sistema de multiplicação instalado nas 5 biofábricas do projeto, localizadas em diferentes propriedades no estado, a partir de um laboratório instalado no Instituto. O projeto permite a realização de análises de controle de qualidade da matéria-prima utilizada no processo de multiplicação e dos produtos resultantes “microrganiosmos”, e o estudo de metodologias para pesquisas com biodefensivos e inoculantes aplicados em diferentes culturas. Além disso, o laboratório conta com uma biofábrica experimental, onde são realizados ensaios de multiplicação para avaliação de pontos críticos da tecnologia e que viabilizam soluções para o refinamento do sistema.
Ainda há certo desconhecimento sobre o assunto, e o evento serviu para esclarecer dúvidas com a participação de produtores que obtiveram sucesso na produtividade e redução de custos a partir do uso de bioinsumos. “As vantagens vão além da rentabilidade, os produtos têm melhor qualidade e menor impacto ambiental”, afirmou o produtor Donizete Peixoto, que desde 2019 utiliza adubação orgânica em sua lavoura.
O evento também serviu para compartilhar conhecimento sobre as novas normativas referentes ao desenvolvimento de bioinsumos. Para o pesquisador Robério, levar estas informações ao público é parte fundamental para o sucesso do projeto. Ele destacou que o sucesso do sistema “on farm” depende de uma série de fatores como: aquisição de biofábricas com estrutura e equipamentos adequados; treinamento e comprometimento da equipe das fazendas; excelente assepsia do sistema de multiplicação; uso de meio de cultura e espécies de microrganismos com alto padrão de qualidade, que possua tolerância ao processo de multiplicação on farm e alcance altas concentrações do produto, e um excelente acompanhamento do controle de qualidade na produção.