As diretorias e conselhos da Agopa, IGA e Fundação Goiás decidiram realizar as assembleias no mesmo dia, como forma de otimizar as deliberações e debates.
As instituições que compõem a Casa do Algodão realizam suas assembleias gerais ao longo da sexta-feira, dia 14. As diretorias e conselhos da Agopa, IGA e Fundação Goiás decidiram realizar as assembleias no mesmo dia, como forma de otimizar as deliberações e debates. As reuniões ocorreram na Casa do Algodão, em Goiânia.
A Fundação Goiás abriu o dia com seus representantes para discutir e deliberar sobre sua pauta. Em seguida foi a vez da Agopa com sua Assembleia Geral Extraordinária e a reunião do Conselho de Representantes. A pauta incluiu a prestação de contas; apresentação do Relatório Geral das Atividades do Laboratório de Classificação da Fibra de Algodão (safra 2020/21); do Relatório Geral das Atividades do Programa de Sustentabilidade de Goiás (ABR/BCI) da Safra 2020/21; e a entrega do Relatório de Gestão de 2020. Também foi aprovada a tabela de preços dos serviços do Laboratório, entre outros assuntos.
A reunião do Conselho de Representantes avaliou o Relatório dos Núcleos Regionais sobre a situação das lavouras 2020/21; e definiu o formato da 18ª Edição do Dia do Algodão 2021 (se será de forma virtual como no ano anterior), entre outros temas.
Por sua vez, o Instituto Goiano de Agricultura (IGA) apresentou a sua nova linha metodológica de pesquisa, a partir da safra 2021/22, e a prestação de contas de 2020, além do Boletim Técnico de Resultados da Safra 2019/20 e parcial da Safra 2020/21 como destaques da pauta.
Resultados
Vice-presidente da Agopa, Haroldo Cunha faz um apanhado histórico e aponta que ajustes foram feitos nos três anos do Instituto, a equipe cresceu e o Instituto ganhou boa visibilidade entre produtores e instituições de pesquisa. “É um saldo positivo. Temos grande potencial para parcerias com empresas e seguimos com o plano de autossuficiência para 2023”, comemora.
Coordenador do Conselho Gestor do Fialgo e tesoureiro da Agopa, Paulo Shimohira também comemorou a aprovação das contas da Associação e a transição da Fundação Goiás. “Colocamos a pauta em dia”, resume.
Diretor executivo da Agopa e IGA, Dulcimar Pessatto Filho comemorou mais uma assembleia geral concluída. “Temos a gestão eficaz e criteriosa que coloca nossos projetos em consonância com as demandas de nossos associados e do mercado. Todo este trabalho é coroado na Assembleia Geral”, diz.
Presidente da Agopa e IGA, Carlos Alberto Moresco, os projetos estão em andamento conforme o planejado, e os produtores podem seguir confiantes que novos benefícios chegarão. “Mesmo com as mudanças no cenário de produção e mercado, nosso foco permanece voltado ao produtor e suas demandas”, atenta.
IGA mira no futuro com pesquisa, inovação e parcerias
O ponto alto de toda a maratona de debates e apresentações foi sobre o Plano Diretor de Pesquisa e rumos do Instituto Goiano de Agricultura (IGA). Os pesquisadores Robério Santos, Lais Fontana e Guilherme Anghinoni apresentaram seus projetos para a diretoria do Instituto.
A atual proposta de projeto safra 2021/2022 propõe instalar 41 protocolos técnicos nas áreas de solos e nutrição de plantas; fisiologia e fitotecnia; plantas daninhas; fitopatologia; nematologia; e entomologia. Também há previsão de dois projetos de pesquisa e difusão de tecnologia, sendo um em nematologia e um em solos e sistemas de produção.
O IGA também vai investir em novos laboratórios e serviços com custos mais atrativos a empresas que queiram desenvolver ensaios e pesquisas. O Instituto também vai atualizar seu modelo de entrega de resultados para que cheguem com mais rapidez aos produtores, com foco nas variedades mais usadas no campo.
Outra ação prevista é voltada à extensão rural, ampliando o alcance do Projeto Biofábricas e estreitando relações com produtores e técnicos, fazendo o IGA um consultor e parceiro do produtor. Isso inclui visitas técnicas às fazendas para saber melhor o que fazem e o que desejam.
Ambientes de Produção
Os pesquisadores defendem que as maiores produtividades/estabilidades produtivas são obtidas em ambientes com qualidade física e biológicas adequadas, enquanto a fertilidade – assim como se conhece atualmente – tem menor importância que antigamente. A partir desta hipótese, buscar-se-á trabalhar com vários produtores parceiros, com talhões de maior produtividade e outros de produtividade baixa em cada produtor aderente.
O passo seguinte é o diagnóstico da qualidade física, química, biológica/nematológica do solo utilizando metodologias estabelecidas para o ambiente de produção Brasileiro.
Correlações univariadas e/ou multivariadas entre os aspectos da qualidade do ambiente de produção e a produtividade das culturas serão traçadas, assim como a identificação das causas de variação da produtividade na região Centro-Oeste, entre outras ações.
Com este projeto, espera-se entender quem influencia a produtividade das culturas na região Centro-Oeste, além de fornecer ao produtor um “panorama” de qual é seu potencial produtivo atual e potencial e gerar ao IGA o domínio intelectual de um assunto com altíssima demanda e pouca oferta de know how.
Para o vice-presidente do IGA, Marcelo Swart, o projeto é bom, mas os pesquisadores envolvidos precisam estar atentos em manter o foco, visto que o leque de possibilidades é muito amplo quando se avalia ambientes de produção.
Para o presidente do IGA, Carlos Alberto Moresco, toda a diretoria pode conhecer melhor o trabalho dos pesquisadores. O Plano será apresentado ao Comitê Técnico-Científico do IGA (CTC) para adequações, em junho. “Esta apresentação é um termômetro para o CTC. Vimos que são projetos interessantes”, comenta.
APP do IGA
A tecnologia de comunicação também é uma ferramenta cada vez mais utilizada pelo IGA. Durante a apresentação das propostas para 2021/2022, foi anunciado o novo aplicativo do Instituto para aparelhos móveis. O app reunirá resultados de pesquisas, avaliações de campo, artigos científicos e toda a produção de conhecimento feita no IGA. A previsão é que o aplicativo comece a funcionar em setembro.
A novidade é o passo seguinte à criação do novo site do IGA, que entrou em atividade no primeiro trimestre deste ano. Para o diretor executivo Dulcimar Pessatto Filho, estas duas ferramentas são importantes para que o Instituto atinja um alcance nacional.