Um treinamento de combate a incêndio atualizou as orientações às equipes do Instituto Goiano da Agricultura (IGA) no dia 9 de julho. O trabalho foi ministrado pelo instrutor Marcio Souza Correa, que realiza os treinamentos para os produtores e parceiros do Programa de Sustentabilidade Algodão Brasileiro Responsável (ABR). O treinamento contou com a presença de todos os colaboradores do IGA, situado no município de Montividiu-GO.
Este treinamento foi desenvolvido para treinar e orientar os colaboradores sobre a importância da prevenção em combate a incêndios no campo, pois o período de colheita de algodão, assim como de milho, ocorre em uma época seca quando podem ocorrer várias queimadas indesejáveis nas propriedades rurais.
Além dos colaboradores que trabalham na prevenção em combate a incêndio, o IGA conta com apoio da brigada aérea da região que ajuda e apoia todos os produtores neste período crítico de seca.
Para o diretor executivo do IGA, Dulcimar Pessatto Filho, o período de estiagem requer preparo de toda a equipe. “Devemos estar preparados para prevenir e combater qualquer foco de incêndio. Os cuidados no campo são essenciais para manter o fogo longe da lavoura”, enfatiza.
Alerta
O Goiás registrou 51 focos de incêndio entre os dias 29 de junho e 5 de julho. É o que aponta o Boletim Queimadas nº 5, realizado pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo) da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
No mesmo período do ano passado foram registradas 74 queimadas, uma queda de 31%. O mapa de risco feito pelo Cimehgo aponta que quase todo o estado está em nível alto de alerta. Já são mais de 40 dias sem chuva, com umidade relativa do ar entre 20% e 30%. O mês de junho registrou 403 focos de incêndio.
Os municípios com mais focos foram Cavalcante, no Norte do estado, com cinco, e Mineiros, no Sudoeste goiano, com quatro. Segundo o gerente do Cimehgo, André Amorim, Goiás vai entrar em um momento de baixa umidade relativa do ar e temperatura mais alta, por isso é preciso manter a vigilância constante e reduzir o tempo de resposta às possíveis emergências.
No acumulado do mês de julho de 2019, a região Norte registrou 98 queimadas, enquanto o Sudoeste atendeu a 71. Nos cinco primeiros dias de julho deste ano, a região Norte já registra 13 queimadas e a Sudoeste, 14. Na região que abrange Mineiros, Rio Verde e outros, o quadro é preocupante: na mesma semana do ano passado, foram quatro focos, enquanto no boletim atual foram registrados 18.
As informações levam em consideração dados obtidos por meio do satélite de referência Aqua (M-T), pelo qual os focos de calor detectados são utilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) como referência de dados oficiais. Os focos de queimadas em áreas urbanas são detectados pelo satélite NPP-375.