
24/01/2023
Evento contou com ensaios de cultivares e estações técnicas e feira de expositores
O 5º Tour da Soja trouxe as principais novidades para a cultura do grão mais produzido no Brasil. No dia 20 de janeiro, o Instituto Goiano de Agricultura (IGA) promoveu mais um encontro com produtores e profissionais do campo, uma oportunidade de atualizar os resultados de uma série de cultivares de soja sobre produtividade, manejo, resistência a pragas e demais aspectos que envolvem a cultura.
Como já é tradição, o 5º Tour da Soja promoveu o corredor de ensaios de cultivares e as estações técnicas “Manejo do solo como estratégia para altas produtividades da soja” e “Manejo de herbicidas para a cultura da soja”. As estações ofereceram um panorama do manejo e aprofunda em detalhes que fazem a diferença na produtividade da lavoura.
A vitrine de cultivares desta edição contou com 49 cultivares de 16 empresas, plantadas em duas épocas, sendo a 1° época no dia 3/10/2022 e 2° época em 25/10/2022. Com isso é possível traçar comparativos para e melhor escolha.
O manejo fitossanitário utilizado no ensaio de competição de cultivares de soja também é importante para que o produtor defina qual cultivar escolher, além de ter maior embasamento sobre as condições em que tais híbridos se desenvolveram. A apresentação deste trabalho ficou a cargo da pesquisadora Lais Fontana. O IGA é responsável pela condução, pelos tratos culturais e aplicações de defensivos no ensaio de competição. Este manejo será apresentado no início da vitrine de cultivares.
Professor do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá na área de Ciência das Plantas Daninhas, Rubem Silvério de Oliveira Jr. ministrou a palestra “Manejo de Herbicidas para a Cultura da Soja”. O professor destacou os novos problemas encontrados, sobretudo relacionados à resistência aos herbicidas, além das novas alternativas de produtos e sistemas de controle de plantas daninhas.
O grande desafio de manejar essas plantas está na fase de dessecação que antecede o plantio direto das culturas como soja, milho e algodão. É nessas horas, diz, que o produtor precisa acertar nas aplicações. Caso não consiga controlar essas plantas daninhas nesse período, haverá poucas opções e baixa eficiência de controle depois que a cultura estiver plantada.
Manejo do solo
Consultor especialista em sistema de produção de soja, milho e algodão e sócio-diretor da NemaBio Laboratório e Pesquisa Agronômica, Claudinei Kappes comandou a palestra “Manejo do solo como estratégia para altas produtividades” durante o 5º Tour da Soja. A mensagem que deixamos é: no manejo do solo é possível construir um ambiente de alta produção através da palhada ofertada por gramíneas, sobretudo a braquiara”, afirma.
Por fim, os participantes conferiram novidades na feira de expositores montada no IGA. São produtos, serviços e inovações, sempre voltadas para alavancar a agricultura.
Presidente do IGA, Haroldo da Cunha é taxativo ao apontar os objetivos do Tour da Soja: “todo este trabalho é feito para que o produtor tenha o maior sucesso no plantio e rentabilidade na colheita”, dispara. Diretor executivo do Instituto, Dulcimar Pessatto Filho destaca ainda a qualidade e confiabilidade das pesquisas que acompanham as exposições, e que todo esse trabalho é ofertado aos agricultores.
Presidente da Emater-GO, Pedro Leonardo acredita que a transferência de tecnologia aos produtores rurais é o que tem garantido alcançar resultados como o valor bruto de produção a cada safra. Por sua vez, o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça, avalia que os esforços em pesquisa e tecnologia são fundamentais para fazer de Goiás o segundo maior produtor de soja do Brasil. Atualmente, o estado ocupa a quarta posição no ranking nacional.
Presidente da Aprosoja-GO, Joel Ragagnim defende que eventos como o Tour da Soja são fundamentais para a escolha de cultivares, manejo de pragas e uso de tecnologias no campo. Quem concorda é o diretor da Aprosoja-GO Antônio de Paula Caixeta ao afirmar que “quase metade do sucesso está em saber escolher os materiais, considerando as dificuldades de cada área e fazer o planejamento”. Enquanto isso, o consultor e sócio da ApAgri, Nelson Dall’Acqua, também declara que o manejo da fertilidade do solo representa mais da metade do resultado final do ciclo da cultura.
Gerente de sanidade vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio avalia que o trabalho de sanidade vegetal desenvolvido no IGA tem tudo a ver com as iniciativas da Agência de Defesa Agropecuária. “É isso que vem motivando e aumentando a produtividade no agronegécio”, frisa.
Produtor rural Antônio Carlos Bernardes compareceu ao evento e ficou satisfeito com a variedade de cultivares. “Fiquei satisfeito”, resume. Presente no evento, Letícia Bechelli saiu da área de nutrição para investir em agribusiness. A profissional conta que as duas áreas podem “dialogar melhor”, alcançando a população de forma mais eficaz.
O 5º Tour da Soja foi o primeiro de uma série de encontros que o IGA irá promover ao longo de 2023.