
02/05/2023
Avanços para aumento de produtividade, combate a pragas e uso de bioinsumos foram destaques do encontro.
Resultados de produtividade do algodão, de testes com insumos biológicos, de comportamento de novas cultivares da pluma e estudos sobre o cuidado com o solo, a semeadura e o manejo foram o cerne das apresentações do 3º Tour do Algodão, realizado pelo Instituto Goiano de Agricultura na sexta-feira, 28 de abril. O evento reuniu técnicos, pesquisadores e profissionais do campo interessados em melhorar a qualidade das lavouras de algodão de Goiás.
Ao todo, foram quatro apresentações técnicas e a vitrine de 27 cultivares, onde os participantes puderam conferir os resultados de produtividade, crescimento, resistência a pragas e demais características de cada cultivar que se adeque melhor a cada região cotonicultora no estado e ao manejo de cada produtor.
Coordenador técnico e pesquisador em fitotecnia e solos do IGA, Antônio Jussiê explica que a genética do algodoeiro é um dos fatores mais importantes dentro de um sistema de produção agrícola, pois nela estão as tecnologias de resistência a pragas, herbicidas e nematoides e teto produtivo, permitindo que o produtor selecione cultivares mais adaptadas às suas condições edafoclimáticas e alcance os melhores resultados de produtividade. “O objetivo desta apresentação é demonstrar os resultados do ensaio de desempenho de cultivares de algodão da safra 2021/22 e indicar as cultivares com maior estabilidade ao longo das safras, conforme dados internos do IGA”, pontua.
Por sua vez, a pesquisadora em fitopatologia e nematologia do IGA, Lais Fontana destaca que entre as principais doenças que acometem o algodoeiro, as manchas foliares causadas pela ramulária e mancha-alvo são as que mais demandam aplicações de fungicidas. “Meu trabalho aborda o posicionamento dos melhores produtos em relação à eficiência de controle, à rotação de princípio ativo e ao custo-benefício. A avaliação também envolve produtos biológicos e químicos”, afirma.
Os resultados de eficiência de produtos biológicos e químicos para o controle de pragas do algodoeiro ficaram a cargo do pesquisador em entomologia e produtos biológicos do IGA, Robério Neves. Na sua palestra, abordou quatro trabalhos com ênfase na eficiência de controle e no manejo de pragas iniciais, tripes, bicudo do algodoeiro, pulgão e ácaro rajado. “São diferentes combinações de tratamentos com ênfase em novos produtos biológicos e químicos, buscando sempre o melhor resultado”, avalia.
A última palestra ficou por conta do consultor técnico Wanderley Oishi, sobre manejo de variedades de algodão para altas produtividades, enfatizando a importância do conhecimento das características de cada variedade de algodão e sua interação no ambiente do produtor. “O conhecimento dos pontos favoráveis e desfavoráveis no aspecto climático, nível de fertilidade e limitações de pragas, doenças e ervas daninhas de cada talhão e o primeiro passo para o produtor na definição da escolha varietal”, ressalta. Para Oishi, essas informações ajudarão muito na escolha dos melhores cultivares que se adaptarão aos talhões do cotonicultor e permitirão obter os melhores resultados em produtividade e qualidade do algodão.
Expectativas
Diretor do IGA, Marcelo Peglow é gerente da Fazenda Pamplona, do Grupo SLC. Par ele, a expectativa é de aumento na produtividade. “Aprendemos para levar para nossa propriedade as novas tecnologias do que dá certo aqui no IGA, e então a gente leva para validar no campo na próxima safra”, afirma.
Diretor executivo do IGA, Dulcimar Pessatto Filho lembra que, o tour está de volta após três anos, com o que há de mais atual no cultivo da pluma para que o produtor alcance maior produtividade. “Nesta edição, trouxemos resultados de experimentos realizados em nossos campos, além de um olhar sobre o contexto das lavouras de algodão em Goiás”, diz.
Com foco técnico, o Tour reuniu equipes dos principais grupos cotonicultores de Goiás. “Agradeço a participação dos grupos SLC Agrícola, Schlatter, JHS, Shimohira, FMA, Mitre Agro, Fazenda SM. Mirante e das famílias Sitta e Paschoaletti. A confiança e prestígio depositados no trabalho desenvolvido no IGA emotivo para seguirmos em frente”, finaliza o diretor executivo.